O Governo assinou a 19 de Outubro um protocolo para a criação do Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica (CCDM). Este protocolo já foi subscrito por mais de 20 entidades.
A missão do CCDM será «agregar os diferentes agentes e intervenientes com responsabilidades na investigação, preservação, valorização, divulgação e promoção da dieta mediterrânica em Portugal». Pretende-se assim que contribua «activamente para a maior implantação e enriquecimento da mesma e para a respectiva preservação enquanto herança cultural identitária portuguesa, um estilo de vida e um padrão alimentar de excelência e importante factor de desenvolvimento dos territórios rurais».
A dieta mediterrânica consiste num «conjunto de competências, conhecimentos, práticas e tradições relacionadas com a alimentação humana, que vão da terra à mesa, abarcando as culturas, as colheitas e a pesca, assim como a conservação, transformação e preparação dos alimentos e, em particular, o seu consumo». Em 2013, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconheceu a dieta mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Em paralelo, o Governo assinou um outro protocolo, para criar o Centro de Competências na Luta Contra a Desertificação (CCDesert), que visa procurar soluções para o problema do esvaziamento do interior do País. Esta entidade, com competências de âmbito nacional, reúne cerca de 30 parceiros e vai ficar sediada em Alcoutim. A sua missão é «promover o desenvolvimento e sustentabilidade do combate à desertificação pela via do reforço da investigação, da formação, da capacitação, da promoção da inovação e da transferência e divulgação do conhecimento».