Frueat investe 1,35 M€ em nova fábrica

A empresa de fruta desidratada Frueat está a construir uma nova fábrica em Cabril, Viseu, num investimento de 1,35 milhões de euros. Com inauguração prevista para Setembro, a nova unidade vai permitir quintuplicar a capacidade de produção da empresa que comercializa maçã (seis sabores) e pêra (um sabor: pêra Rocha) desidratadas sob a marca Fruut.

O director-geral da empresa, Filipe Simões, explicou à agência Lusa que as novas instalações vão permitir passar a produção das actuais 1,5 para oito milhões de embalagens/ano». O empresário salientou que Portugal é sinónimo de qualidade e uma «mais-valia» sobretudo para vender no mercado europeu. «Existe por parte dos consumidores uma aversão ao que é chinês, dada a tão grande invasão de produtos feitos no Extremo Oriente, por isso o facto de dizermos que o produto é português é um sinónimo de garantia.».

Filipe Simões acrescentou: «Todo o crescimento da agro-indústria em Portugal, com várias empresas de grande sucesso na área dos vinhos, da fruta, azeites e conservas a aparecerem e a realçarem a qualidade do produto português, tem também beneficiado a imagem da Fruut».

Um dos princípios é ter «fruta 100% portuguesa e fazemos constar isso das embalagens», por isso, para breve, serão lançados sabores como banana da Madeira, ananás dos Açores e não será de admirar se, em 2016, lançarmos o sabor laranja do Algarve», revelou Filipe Simões.

Fruut conquista novos mercados

Desde Março de 2014 que a empresa já está a vender em Angola e mantém «uma operação ainda pequena» em Inglaterra. Este ano, as atenções estão viradas para Espanha e Norte da Europa.

Em Maio, Espanha terá acesso à fruta desidratada da Frueat em 2.200 pontos de venda de várias cadeias da grande distribuição. A empresa prevê vendas de 700 a 800 mil euros naquele mercado em 2015.

«Já tínhamos uma operação pequena com alguns clientes em Espanha praticamente desde o início do projecto [em Março de 2013], mas esta é uma entrada muito mais consistente porque é na grande distribuição e com a implementação de um plano de marketing com várias acções para dar a conhecer a marca Fruut e os frutos portugueses em Espanha», afirmou Filipe Simões.

O director-geral sublinhou ainda que são aproveitadas «maçãs e peras de calibre reduzido, que não são aceites pela grande distribuição, e vamos aproveitar bananas que caem dos cachos. Acrescentamos valor à fruta que, de outra forma, era destruída ou vendida para refugos».

A este propósito, Filipe Simões disse já terem sido aproveitadas, desde o início da operação da Frueat, cerca de oito milhões de maçãs, 85% das quais da região de Viseu.

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