Fenareg subscreve conclusões do estudo “Regadio 20|30”

A Federação Nacional dos Regantes de Portugal (Fenareg), numa audiência com a ministra da Agricultura realizada a 17 de Dezembro, em Lisboa, expressou «o seu apreço e concordância com as conclusões do estudo» “Regadio 20|30 – Levantamento do Potencial de Desenvolvimento do Regadio de Iniciativa Pública no Horizonte de uma Década”, apresentado recentemente. «O estudo Regadio 20|30 é uma base de trabalho de extrema utilidade para a preparação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e para a definição dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) para o período 2022-2027», referiu na ocasião José Núncio, presidente da Fenareg, acrescentando que «é com muita satisfação que constatamos que grande parte das medidas identificadas no “Contributo para uma Estratégia Nacional para o Regadio 2050”, apresentado pela Fenareg em 2019, constam no estudo do Ministério».

A audiência incidiu sobre o estudo “Regadio 20|30”, que se encontra em consulta pública até 14 de Janeiro, e contou com a presença da EDIA, entidade promotora do estudo, que constitui um «diagnóstico sobre o potencial de regadio para a próxima década». A Fenareg sublinha que o estudo «identifica intenções de investimento em 134.000 hectares de novos regadios públicos, num valor de 1.200 milhões de euros», e um investimento previsto de 786 milhões de euros na modernização das obras de rega existentes, «das quais 70.000 hectares têm mais de 50 anos de existência, encontrando-se em avançado estado de degradação».

A federação destaca algumas conclusões do estudo “Regadio 20|30” «que põem em evidência a importância do regadio para a segurança e soberania alimentar nacional»:

  • «Apenas 15% da superfície agrícola utilizável em Portugal é beneficiada por regadio. É necessário continuar a beneficiar as zonas carenciadas com o recurso água, fundamental à manutenção das actividades económicas sustentáveis em territórios rurais.
  • A integração dos regadios privados e de muito pequena dimensão em sistemas colectivos de rega será fulcral para a sua manutenção e competitividade, atendendo aos efeitos das alterações climáticas.
  • Existem sistemas de adução de água extremamente modernos e eficientes, mas continuam a subsistir outros, obsoletos e com perdas de água completamente inaceitáveis e que necessitam de rápida correcção.
  • A tendência actual é a transformação de regadios tradicionais em novos regadios modernos, com elevado uso de tecnologia, cada vez mais eficientes e associados à garantia interanual de água.
  • Em Portugal, o consumo médio de água por hectare regado passou em algumas décadas, de 15.000 para 4.000 m³/hectare/ano.»

O documento “Contributo para uma Estratégia Nacional para o Regadio 2050”, da Fenareg, continha «um plano de acção a executar entre 2021-2027, estimando uma necessidade de investimento de 1.700 milhões de euros, com origem em diversos instrumentos financeiros europeus e nacionais». A Fenareg tem 30 associados, «que representam mais de 27.000 agricultores regantes, o que significa mais de 95% do regadio organizado nacional».

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