A Bulgária, o Quénia e o Peru são os três mercados emergentes mais promissores para os sectores da agricultura e alimentação em 2017, diz um estudo da Crédito y Caución, uma marca de seguros de crédito interno e de exportação.
«Na Bulgária, o aumento da procura e um mercado agro-alimentar fragmentado oferecem oportunidades a longo prazo para os exportadores. No Quénia e no Peru o aumento da confiança e do rendimento dos consumidores aumentam a procura por alimentos importados», pormenoriza o estudo.
Além destes, a seguradora de crédito nomeou outros quatro mercados emergentes que poderão ser promissores para diversos sectores em 2017. São eles o Chile, a Costa do Marfim, a Índia e a Indonésia. A escolha baseou-se nas perspectivas de crescimento destes países para 2017, pela sua capacidade de resistência à volatilidade do mercado global, tendo em conta a dimensão do mercado interno, o crescimento da classe média e a estabilidade do cenário político.
O estudo alerta contudo que «com as oportunidades surge o risco». E pormenoriza que «o risco político normalmente é maior nestes mercados, especialmente os da África Subsariana, mas também usufruem de relativa estabilidade e economias resilientes».
Por outro lado, a incerteza sobre os desenvolvimentos políticos e económicos nos Estados Unidos da América também é um motivo de atenção e pode «expor os mercados emergentes à desvalorização da moeda e saídas de capital, aumento dos juros dos empréstimos e da dívida, em grande parte denominada por capital estrangeiro».
Se a Indonésia está mais «vulnerável» a este cenário, o Peru, a Índia e a Bulgária estão «bem isolados da volatilidade externa graças a uma política monetária eficaz, baixa dependência de fluxos de capital voláteis e pedidos de financiamento externo relativamente baixos em 2017».