Um relatório, publicado pelo Serviço Alimentar e Veterinário (FVO, na sigla inglesa) da União Europeia (UE), conclui que os métodos aplicados pelas autoridades de África do Sul para verificar que os citrinos estão livres do fungo da mancha negra (Phyllosticta citricarpa) «estão em linha com os requisitos da UE para importação dos frutos sul-africanos».
Contudo, no documento que resulta de uma auditoria, a FVO salienta que «ainda não é claro que o sistema de planeamento de inspecções tenha em conta considerações práticas ou critérios operacionais» que permitam assegurar que os citrinos não estão infectados com o fungo.
Justin Chadwick, director da Associação de Produtores de Citrinos da África do Sul, mostrou-se satisfeito com os resultados da auditoria e sublinhou que o relatório «aumenta as probabilidades da criação de condições estáveis e previsíveis para a exportação de citrinos para a UE».
Além disso, lembrou que «o verdadeiro risco de contaminação das explorações do sul da Europa com o fungo da mancha preta deve ser visto no contexto de uma disputa científica que já corre desde 1992».
Em 2014, a África do Sul suspendeu voluntariamente a exportação de citrinos (apenas os que foram produzidos em zonas onde o fungo da mancha negra estava presente) para a UE.