A Associação Europeia de Hortofrutícolas Frescos (Freshfel Europe) e o Programa para Aplicação de Standards Internacionais para Fruta e Legumes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgaram um estudo sobre o comércio online de frutas e legumes frescos em sete países europeus. O estudo “Vendas online de frutas e legumes na Europa” «explora a estrutura e desafios regulatórios de vender frutas e legumes online», explicam os promotores, e incide sobre Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Hungria e Roménia.
Os promotores afirmam que este estudo «analisa o formato das lojas online existentes especializadas em venda digital de frutas e legumes, o seu modelo de entrega e a conformidade com o quadro regulatório da União Europeia» para o comércio electrónico. Pode consultar aqui o estudo completo e aqui um resumo com os principais resultados.
Um dos dados obtidos é que, embora cerca de 51% das vendas online de hortofrutícolas na Europa sejam realizadas por operadores exclusivamente online e por retalhistas, existe uma percentagem crescente de fornecedores agrícolas com marketing directo para os consumidores. Outro dado é que o formato de negócio e o modelo de entrega varia muito de país para país: por exemplo, na Alemanha, o mercado online de frutas e legumes é «maioritariamente composto por fornecedores agrícolas que vendem directamente aos consumidores», enquanto em Espanha, as pequenas lojas locais (“Fruteria”) avançaram para o online «para alargar a sua base de clientes».
Na vertente da entrega, a França destacou-se pela rede forte e bem implantada de pontos click-and-collect. Também se verificou que o mercado online apresenta um forte grau de fragmentação, embora não se exceda as 100 a 150 lojas por país e isso esteja dependente da «maturidade do desenvolvimento do mercado a nível nacional». O grau de conformidade com os requisitos de rotulagem alimentar – no contexto do Regulamento EU 543/2011 – diverge bastante por operador e por estrutura organizacional.
Os promotores sublinham que os impactos da pandemia de covid-19 vieram dar premência à necessidade de perceber o funcionamento do comércio electrónico alimentar. E referem que o estudo agora divulgado suscita questões que terão de ser investigadas, como perceber as características de modelos de sucesso para venda online de hortofrutícolas, a credibilidade e a verificação da informação fornecida nestes sites e a adesão dos consumidores.