Na sequência do embargo aos produtos agrícolas europeus imposto pela Rússia em 2014, a União Europeia anunciou o reforço em 70 milhões de euros das medidas já existentes para apoiar os agricultores afectados por estas restrições.
Os produtores que não encontrem mercado para os seus frutos, nomeadamente, ameixas, peras, maçãs, laranjas, cerejas, entre outros, e os escoem através de instituições de solidariedade social ou os utilizem para alimentação animal, compostagem, ou outras aplicações, podem reclamar o apoio.
No total, são elegíveis para este apoio 162.690 toneladas de frutas provenientes de 12 Estados-membros. Dessas, 935 t de peras e maçãs poderão ser de origem nacional.
Os preços pagos pela fruta são definidos pela Comissão Europeia e variam sempre de acordo com o seu destino, ou «distribuição livre» ou «outros destinos». No caso das maçãs, o preço oscila entre os 0,13 euros por quilograma (€/kg) e os 0,17€/kg. Nas peras, entre os 0,16 €/kg e os 0,24 €/kg. As mais bem pagas são as cerejas, cujo preço oscila entre os 0,32€/kg e os 0,48€/kg.
A Comissão Europeia explica em comunicado que «grande parte da produção afectada pelo embargo russo já foi redireccionada para mercados alternativos e que os preços já estabilizaram. Contudo, como as culturas permanentes têm mais dificuldades em adaptar-se, estas novas medidas são especialmente desenhadas para apoiar o sector».