A 21 de Setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, discutiu-se a competitividade do sector agrícola nacional. A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) convidou vários agentes do sector a reflectir sobre o futuro da agricultura e os factores essenciais para o seu sucesso.
«É fundamental saber onde queremos estar em 2020», declarou José Diogo Albuquerque, ex-secretário de Estado da Agricultura. Para «crescer é preciso impulsionar o investimento e modernizar a agricultura.» O ex-dirigente avançou ainda que, no futuro, é preciso investir na maior concentração da oferta, algo que se consegue através da maior organização entre produtores e seguros de colheitas obrigatórios.
José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), marcou presença para falar do impacto do projecto de Alqueva no aumento da competitividade da agricultura nacional. «Temos assistido à multiplicação de casos de sucesso. Está provado que o regadio aumenta em 6% ou 7% a riqueza criada», pormenorizou.
Para António Serrano, que também já ocupou o cargo de ministro da Agricultura, Alqueva «só rega 10% da superfície agrícola do Alentejo» pelo que salientou que é importante que o projecto não se fique por aqui. «Só temos hipótese de agricultura competitiva com o regadio», declarou.
A 29 de Novembro, há novo encontro marcado pela CAP para voltar a discutir as conclusões a que se chegou nos dois últimos roteiros.
Foto: CAP/Rodrigo Cabrita