O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, defendeu a necessidade de políticas activas que promovam uma redução significativa do desperdício alimentar e afirmou que o Governo tem dedicado, desde a tomada de posse, uma especial atenção a esta questão.
Intervindo na cerimónia de Assinatura dos Contratos de Financiamento de Projectos de Economia Circular, o responsável referiu que «ao longo da cadeia alimentar na União Europeia se regista um desperdício de 88 milhões de toneladas/ano» e que «desde a produção agrícola até ao consumo final – do prado ao prato – esse desperdício é de cerca de 30%».
O Governo criou, no final de 2016, a Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar com o objectivo de promover a redução do desperdício alimentar através de uma abordagem integrada, propondo uma Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar e um Plano de Acção.
No âmbito desta estratégia, apresentada hoje, dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, na sequência de uma consulta pública que terminou no final de Setembro, o secretário de Estado destacou acções de sensibilização e de educação e a criação de uma plataforma eletrónica que assegure a gestão interactiva de bens alimentares com risco de desperdício.
«O desperdício, enquanto tradicional factor gerador de perda de recursos para a economia e perda de valor para as empresas, está a transformar-se progressivamente numa valorização dos recursos, e o que era encarado como uma ameaça, representa actualmente novas oportunidades de negócio», referiu ainda Luís Vieira.
Na cerimónia, promovida pelo Ministério do Ambiente, foram apresentados 20 projectos de Economia Circular, que serão financiados pelo Fundo Ambiental, entre os quais se situam alguns na área do combate ao desperdício alimentar. Na sessão estiveram igualmente presentes o ministro do Ambiente, João de Matos Fernandes, e o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.