Decorreu a 26 de Junho na Estação Agrária de Viseu, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), um dia de campo sobre a cultura da macieira, em que o foco incidiu sobre a monda química, o comportamento das pragas e doenças que afectam a cultura na região e ainda a evolução da actual campanha. Neste evento, que teve como parceiro a Bayer, foram referidos os benefícios da prática da monda química e as condições que influenciam a eficácia do uso desta técnica. Até ao momento, a campanha da maçã na região de Viseu tem estado a correr dentro do previsto. «Temos tido algum pedrado, algum bichado e aranhiço vermelho, mas nada de anormal», referiu à Frutas, Legumes e Flores o presidente da Cooperativa Agrícola de Mangualde, Nuno Matos.
A EAV tem dado especial atenção às pragas e doenças que afectam a cultura da macieira, procurando estudar o seu comportamento ao longo da campanha de 2015 e quais as melhores estratégias para as combater. Este ano, a EAV tem registos de alguns pomares afectados, com o pico da eclosão de larvas em meados de Abril. No entanto, as temperaturas superiores a 30 graus que se fizeram sentir no fim de Maio «são nefastas para estes insectos, provocando a morte das larvas e também dos adultos; a precipitação também ocorrida no final de Maio levou a uma quebra populacional das fêmeas». Já em Junho, com a descida de temperatura, verificou-se o aparecimento de alguns insectos. Vanda Batista, técnica da DRAPC, recomenda aos fruticultores que façam uma estimativa de risco, observando o número de folhas ocupadas pela praga no pomar e na parcela para definirem qual o tratamento mais adequado.
Quanto ao bichado da fruta – a praga chave da macieira que aparece todos os anos –, apesar de os primeiros insectos terem surgido em São Pedro do Sul no início de Abril, só em meados de Maio ocorreram as condições ideais para a postura dos ovos, com o tempo ameno e ausência de vento. Neste momento, «estamos no fim da primeira geração de insectos e não tarda está a surgir a segunda geração de insectos, pelo que é altura de começarem a posicionar os insecticidas em função das necessidades das vossas parcelas».