O Farm2Fork_Digital Innovation Hub (Farm2Fork_DIH) pretende ser um «pólo de inovação digital em Portugal», tendo como foco «toda a cadeia de valor agroalimentar, da produção agrícola, à indústria agroalimentar e à distribuição». A sua criação foi proposta por 11 entidades do sector agroalimentar nacional, através da submissão de uma candidatura à Rede de Polos de Inovação Digital.
Segundo os promotores, «este consórcio pretende ser um ecossistema de inovação dirigido aos sectores agrícola e agroalimentar portugueses que visa desenvolver, testar e demonstrar soluções assentes em tecnologia digital avançada, com vista à sua aplicação em ambiente empresarial real com impactos efectivos na eficiência, produtividade e valor de toda a cadeia produtiva». Os promotores desta candidatura são: Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação, PortugalFoods, Colab4Food (Laboratório Colaborativo para a Inovação da Indústria Agroalimentar), Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), Aromni, Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), Beta-i e AgrogrinTech, em parceria com Portugal Ventures, através do programa Ignition Partners.
«O pólo funcionará como ponto de encontro de fornecedores e potenciais clientes-utilizadores dos sectores agrícolas e agroalimentares que, beneficiando da digitalização da cadeia de valor, poderão colaborar no desenvolvimento de novas soluções úteis e concretas que respondem a necessidades reais das empresas. A abordagem verdadeiramente integrada que este consórcio apresenta é diferenciadora, meritória e transformadora, motivos que nos levam a acreditar que merecerá o respectivo apoio e financiamento», afirma Luís Mira, secretário-geral da CAP. Em comunicado, os promotores do Farm2Fork_DIH defendem que esta iniciativa «representa uma abordagem 360º à modernização e digitalização» dos sectores em causa e que «a mudança pretendida será realizada «através da actuação junto do tecido empresarial das diversas fileiras agrícolas e agroalimentares, possibilitando a necessária digitalização que permitirá às empresas e demais operadores uma actividade mais eficiente, mais sustentável e mais adequada aos desafios globais».
O comunicado explica que o Farm2Fork_DIH tem como missão prioritária «a digitalização das pessoas e das empresas», envolvendo «toda a cadeia de valor alimentar», e que, entre outras actividades, «pretende oferecer soluções digitais adaptadas à realidade e necessidades dos sectores em referência, com elevado potencial de comercialização no mercado, apoiar as empresas na procura de investimento para a sua digitalização, com recurso às ferramentas de rating de inovação da COTEC e formar e capacitar os recursos humanos das empresas agrícolas, agroalimentar e distribuição para o mundo digital e as suas ferramentas». É ainda referido que, «enquanto pólo diversificado e com valências transversais e diferenciadas, que agregam todas as actividades económicas envolvidas nestes sectores, o Farm2Fork_DIH assume-se como uma rede de contacto global, onde necessidade e solução se encontram», sendo que que a entidade pretende «estimular o esforço colaborativo e de cocriação em domínios tecnológicos avançados» e estabelece como premissa «a identificação e execução do que é prioritário, assim como o controlo rigoroso de todos os passos do processo e dos resultados obtidos nas empresas utilizadoras».