A 16 de Maio, os 12 formandos da Academia do Centro de Frutologia Compal foram convidados a visitar duas explorações de fruticultores alentejanos. Os agricultores partilharam conhecimento, dúvidas e preocupações sobre a sua actividade. O dia culminou com um seminário centrado na cooperação e escala na fruticultura portuguesa.
A manhã começou na Herdade da Galeana, em Messejana, Aljustrel, propriedade de Ana Pacheco, vencedora da última edição do Centro de Frutologia Compal, e do seu irmão, João Pacheco, onde se produzem romãs. Os anfitriões, ambos jovens agricultores, responderam às questões sobre plantação, poda, fertilização e preço dos frutos. João Pacheco defendeu que «ainda existe algum desconhecimento sobre as variedades» de romã, visto que umas são mais doces e outras mais ácidas.
Seguiu-se a visita à exploração de dois associados da Fairfruit, uma multinacional de origem suíça que se fixou no Alentejo em 2014. No total, João Serrano, jovem agricultor e responsável pela Fairfruit em Portugal, e o seu sócio instalaram 75 hectares com 14 variedades de damasco. Os formandos aproveitaram para tirar algumas ideias e provar os primeiros frutos colhidos na propriedade, em Ervidel.
Nicolau Félix, um dos participantes desta edição da Academia do Centro de Frutologia Compal e produtor de pêra e maçã na região Oeste, candidatou-se com um projecto para a instalação de pomares de ameixa, maçã e pêra. O agricultor defendeu que «temos acesso a informação privilegiada, conhecemos novas realidades e é uma oportunidade de partilhar as experiências com outras pessoas.»
Durante a tarde, no auditório da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), em Beja, discutiu-se a cooperação e a escala ao serviço da sustentabilidade. José Pedro Salema, responsável da EDIA, identificou três aspectos necessários para que o Alentejo se torne mais sustentável: a independência energética; a consonância com a natureza; a gestão dos resíduos.