Chineses de olhos postos na agricultura portuguesa

A 13 de Julho, uma delegação comercial chinesa – que o vice-ministro da Agricultura, Bi Meijia, integra – visitou Portugal. A visita é parte dos esforços iniciados há dois anos pelo Governo português para a abertura deste mercado às exportações nacionais. A carne de suíno e a pêra Rocha foram as “estrelas” do dia.

A manhã começou no Terreiro do Paço, no Ministério da Agricultura, com uma reunião entre Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, e Bi Meijia e a sua equipa. As duas partes acordaram a produção de um memorando de entendimento para a agricultura. Durante o encontro, Capoulas Santos foi convidado a retribuir a visita da comitiva e viajar até à China.

Bi Meijia sublinhou que a reunião foi «muito positiva», mas alertou para o facto de não poder comentar «os processos que estão pendentes porque a autoridade sanitária chinesa não depende do Ministério da Agricultura, são duas entidades separadas».

Neste momento, o processo de conclusão da pasta de internacionalização depende do aval das autoridades sanitárias chinesas.

A abertura do mercado chinês, que ainda não tem data prevista, «é muito importante tanto para os agricultores portugueses, como para os consumidores e produtores chineses. Há um potencial muito grande de crescimento nos dois sentidos», afirmou Capoulas Santos.

Depois de uma visita à Sicasal, empresa de processamento e transformação de carne de porco, sedeada em Vila Franca do Rosário, Mafra, a delegação seguiu para a Quinta do Arneiro, no mesmo concelho, onde foi possível visitar um pomar de pêra Rocha produzida em modo de produção integrada. Bi Meijia ouviu atentamente as explicações e afirmou «que teria muito gosto que se comesse pêra Rocha na China». «Os hortofrutícolas que precisamos na China são todos aqueles que não produzimos», comentou.

Manuel Évora, administrador do grupo Luís Vicente, local onde terminou a visita, explicou que a eventual exportação de pêra Rocha para a China permitirá aos produtores «libertarem-se» do mercado brasileiro, do qual dependem cerca de 40% das exportações. Depois de aberto o mercado chinês, o responsável alega que se seguirá o envio de frutos de caroço e depois de kiwi.

«A ideia é entrar no segmento premium», já que não se produz o suficiente para enviar em grande escala para o país, pormenorizou Manuel Évora.

Além do mercado chinês, existem outros 22 a ser trabalhados. Acredita-se que a abertura do mercado mexicano esteja para breve e a pêra Rocha será dos primeiros produtos a ser enviado.

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