Uma delegação de 20 produtores e transformadores de castanha de França, Espanha e Portugal – no âmbito da interprofissional Refcast (Associação Portuguesa da Castanha) – deslocou-se recentemente à China para uma missão profissional. Esta teve como foco as técnicas de produção e de transformação deste fruto naquele país asiático e também visou compreender melhor o mercado chinês. A missão durou nove dias, durante os quais foram visitadas três províncias chinesas: Hebei (no Norte), Hubei (no centro), Yunnan (no Sul).
Entre 1997 e 2007, foram plantados mais de 1,3 milhões de hectares de castanheiro na China, que tem actualmente uma área total de castanheiro de 1,86 milhões de hectares. Assim, a produção de castanha deste país aumentou rapidamente, passando de 500.000 toneladas em 1997 para as actuais 2.278.000 toneladas – cerca de 90% da produção mundial. No mesmo período, a produção europeia, incluindo a Turquia, desceu de 200.000 toneladas para 169.000 toneladas.
Outro dado a ter em conta, refere um comunicado sobre a missão, é que as empresas chinesas criam um grande número de produtos novos – por exemplo, castanha pelada ou torrada em sacos de 100 gramas e preparações ou bebidas à base de puré de castanha – para satisfazer a população da China, que ascende a 1,4 mil milhões de habitantes. Acresce a isto que «estas empresas muito dinâmicas não se satifazem com o mercado interno ou com o mercado asiático e começam a implementar-se na Europa».
Os dados recolhidos nesta missão serão apresentados e debatidos no VIIº Encontro Europeu da Castanha, que se realiza entre 8 e 10 de Setembro, em Alès, França. A missão teve apoio financeiro da região Aquitaine-Limousin-Poitou-Charentes e foi organizada pela secção da castanha da Areflh (Assembleia das Regiões Europeias Hortofrutícolas).