Em Marvão, a única zona a sul do Tejo onde se produz castanha, o tempo seco e quente prejudicou a produção do fruto que registou calibres menores que em 2014. Além disso, Fernando Alfaiate, presidente da Cooperativa Agrícola dos Cerealicultores de Porto da Espada (CACPE), queixou-se à agência da Lusa da «pouca animação do mercado».
O responsável pela CACPE, que conta com 20 associados, explicou que a castanha se revelou «pouco podre», mas, devido à falta de chuva durante a Primavera e às temperaturas «demasiado quentes» no Verão apresentou um «calibre fraco».
Fernando Alfaiate sublinhou que ainda não existem dados sobre a campanha que deverá durar até à terceira semana de Novembro, mas prevê «um ano para esquecer», sobretudo em relação à espécie Clarinha.
As espécies mais produzidas na zona do Alto Alentejo são a Bária e a Clarinha. Pelo micro-clima particular em que as castanhas são produzidas, na Serra de São Mamede, a Comissão Europeia atribuiu a Denominação de Origem Protegida ao fruto.