CAP e Corteva Agriscience anunciam vencedoras da 3.ª edição do programa TalentA

Ana Veríssimo, de 40 anos, foi a grande vencedora da terceira edição do programa TalentA, com o “Olive”, «projecto sustentável que visa a criação de um produto inovador feito a partir dos resíduos resultantes da poda das oliveiras, reutilizando esta matéria-prima para a produção de misturas solúveis para bebidas aromáticas e medicinais». Lançado em 2021, o TalentA é promovido pela Corteva Agriscience e pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), com o objectivo de «premiar novos projectos desenvolvidos por mulheres», de «empoderar as empreendedoras rurais e capacitar os seus projectos com formação e financiamento», «contribuindo para a sua expansão» e «elevando o papel importante das mulheres no sector agroalimentar português». As vencedoras desta terceira edição foram anunciadas ontem, 1 de Março, em Lisboa.

O projecto “Olive” [Leaf Flavors – Portuguese handmade] nasceu em Vila Seca, no município de Condeixa-a-Nova, em 2022, e tem como objectivo a produção de misturas solúveis aromáticas e medicinais para bebidas, à base da reutilização dos resíduos resultantes da poda das oliveiras. Pretende colocar no mercado um produto inovador livre de teína, cafeína e com benefícios para a saúde dos consumidores, em três variedades: olive matcha, olive infusion e olive coffee. Este projecto encontra-se em fase inicial de preparação e planeamento e o prémio – que inclui um apoio financeiro de 5.000 euros – será usado para a sua implementação e para aquisição de equipamentos necessários à sua actividade. Ana Veríssimo, de 40 anos, iniciou o seu percurso num curso de turismo, mas cedo percebeu que o marketing social era o seu caminho, tendo passado pela Animação Sociocultural ainda antes de chegar à agricultura, indica a organização do TalentA, assinalando ainda que o projecto Olive «actua em quatro eixos: saúde, social, económico e ambiental, onde conjuga a economia circular e a sustentabilidade».

A empreendedora rural Sílvia Martins, de 42 anos, foi uma das finalistas, com o projecto “Sentidos da Terra”, que envolve o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares com certificação em modo de produção biológico, a sua transformação e a comercialização sustentável destas e de outros produtos naturais derivados de alta qualidade (infusões, condimentos, sementes, hidrolatos/óleos essenciais). Formada em Engenharia Biológica pela Universidade do Minho (Braga), Sílvia Martins possui também um mestrado em Food Science and Technology na University College Cork, na Irlanda. Depois de alguns anos a viver fora, começou à procura de terrenos para o desenvolvimento do projecto, o que a levou até Gomide, na zona de Vila Verde, onde tem 1,5 hectares para esse fim.

A outra finalista foi Sílvia Santos, de 39 anos, com o projecto “Legumaria”, que se dedica à produção biológica e cultivo de rebentos orgânicos, ricos em proteínas, micronutrientes e antioxidantes para uso alimentar, na ilha de Santa Maria, nos Açores. Formada em Engenharia do Ambiente, pela Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, e com uma Pós-Graduação em Gestão e Marketing, Sílvia Santos mudou-se em 2020 do continente para a ilha de Santa Maria, devido à pandemia, onde começou a cultivar germinados para consumo próprio, tendo pouco tempo depois começado a vender para empresários locais. O objectivo desta empreendedora é expandir a produção e conseguir ter uma maior rede de distribuição.

As três vencedoras vão ter acesso a um programa de formação – que abrange as vertentes de e-commerce, redes sociais, plano de negócios, técnicas comerciais, etc. –, promovido pela CAP «para dotar os projectos de mais ferramentas de trabalho e métricas de sucesso». O júri, composto por representantes especializados da Corteva Agriscience e da CAP, avaliou diferentes critérios, que vão desde a inovação, o combate à desertificação, o impacto e a sustentabilidade dos projectos inscritos, o empoderamento económico até à possibilidade de réplica de negócio.

«Os desafios das mulheres rurais aumentam todos os anos. A instabilidade económica, as desigualdades de género, os impactos da guerra na Europa e a subida dos preços da energia trouxeram novas dificuldades, cada vez mais difíceis de suportar. Na Corteva, sabemos que as mulheres são a espinha dorsal do mundo rural e acreditamos que a formação e o apoio financeiro são a chave de sucesso para a implementação de qualquer projecto», afirmou Clara Serrano, vice-presidente da Unidade Comercial do Sul da Europa na Corteva Agriscience. «O programa TalentA dá voz às mulheres rurais e reconhece o seu contributo fundamental para garantir a sobrevivência da cadeia agrícola e pecuária. As três novas vencedoras são um impulso para o sector, com projectos que se distinguem pela inovação. É este o caminho para uma agricultura rentável e sustentável, preparada para enfrentar os desafios com que a Europa se depara», referiu Luís Mira, secretário-geral da CAP.

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