A aquisição da Monsanto por parte da grupo alemão Bayer foi concluída «com sucesso» a 7 de Junho. Segundo comunicado da Bayer Portugal, as acções da empresa norte-americana Monsanto «não continuarão a ser negociadas na bolsa de Nova Iorque, sendo agora a Bayer a única proprietária da Monsanto Company».
O comunicado indica que os accionistas da Monsanto «estão a ser pagos a 128 dólares por acção» – o que corresponde a cerca de 108 euros. É também referido que, «de acordo com a aprovação condicional do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a integração da Monsanto na Bayer poderá ocorrer assim que as alienações para a BASF forem concluídas» e que se espera «que este processo de integração comece em, aproximadamente, dois meses».
No seu comunicado, a Bayer explica ainda que «Liam Condon, membro do Conselho de Administração, irá liderar a divisão combinada da Crop Science quando a integração começar» e que, «até lá, a Monsanto irá operar independentemente da Bayer».
O acordo para esta aquisição foi assinado em 2016 entre as duas entidades e esteve pendente das aprovações regulamentares – a aprovação da Comissão Europeia foi dada em Março último. Na sequência do acordo, a Bayer vai vender parte do seu negócio agrícola à empresa alemã BASF – nomeadamente, os negócios de algodão, de canola, de soja, de sementes de hortícolas e de herbicidas que concorram directamente com os pesticidas Roundup, da Monsanto. A Bayer anunciou recentemente que o nome Monsanto deixará de ser nome de empresa e que apenas existirá o nome Bayer.
O presidente do Conselho de Administração da Bayer, Werner Baumann, afirmou a propósito do anúncio da conclusão da aquisição que “hoje é um grande dia: para os nossos clientes – agricultores de todo o mundo que conseguiremos ajudar a proteger e melhorar as suas colheitas; para os nossos accionistas, porque a transacção tem o potencial de criar valor significativo; e para os consumidores e a sociedade em geral, porque estaremos ainda melhor posicionados para ajudar os agricultores a nível mundial, a cultivar alimentos mais saudáveis e acessíveis de forma sustentável». Werner Baumann disse ainda que «as nossas metas de sustentabilidade são tão importantes para nós quanto as nossas metas financeiras» e que «o nosso objectivo é viver de acordo com a responsabilidade elevada que uma posição de liderança na agricultura implica, para aprofundar o nosso diálogo com a sociedade».
Por sua vez, o presidente e CEO da Monsanto, Hugh Grant, declarou que «a conclusão de hoje representa um importante marco para a criação da visão de uma empresa líder, apoiando os produtores nos seus esforços para serem mais produtivos e sustentáveis para o benefício do nosso planeta e dos consumidores». Hugh Grant acrescentou que «estou orgulhoso do caminho que construímos como Monsanto e esperamos que a companhia combinada ajude no avanço da agricultura moderna».
