As substâncias activas, presentes nos produtos fitofarmacêuticos, «candidatas a substituição», que integram a lista provisória recentemente publicada pela Comissão Europeia, continuam a ser seguras. Quem o diz é a Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas (ANIPLA), num documento onde esclarece alguns aspectos relacionados com a lista.
O uso das substâncias que integram a lista «não implica riscos para o utilizador, o consumidor e o ambiente». Porém, explica a ANIPLA, estas serão submetidas a uma avaliação comparativa, de modo a averiguar se existem outras substâncias, mais seguras, que as podem substituir.
Poderá, assim, dar-se o caso de o uso destas substâncias ser cancelado, se forem encontradas alternativas viáveis. O que, diz a associação, pressupõe que «menos decisões estarão disponíveis para os agricultores protegerem as suas produções».
A Comissão Europeia estima que cerca de 20% das substâncias actualmente utilizadas poderão vir a integrar a lista. A ANIPLA teme que, caso esta seja vista como uma «lista negra», vários problemas surjam, como: «a pressão das cadeias de distribuição; a fragmentação interna do mercado europeu; e a criação de barreiras comerciais artificiais com os países fora da União Europeia».
Para a ANIPLA, os critérios de produção da lista basearam-se em «negociações políticas». Enquanto, para a Comissão Europeia, esta é uma forma de contribuir para o incentivo à inovação na indústria dos pesticidas, a ANIPLA nota que, «por cada substância activa aprovada 140.000 ficam pelo caminho», acrescendo a «dificuldade em investir os recursos necessários para desenvolver novos produtos na Europa».