É Angola o maior mercado extracomunitário e o grande importador de produtos agroalimentares (como a cerveja, o vinho e diversos produtos alimentares). O país angolano introduziu novas pautas aduaneiras, com custos mais altos para os exportadores sem que, no entanto, se tenham ainda verificado efeitos negativos nas exportações de Portugal. Houve, aliás, uma ligeira subida em termos gerais. Nos primeiros cinco meses deste ano, o país luso exportou 1199,4 milhões de euros em bens, mais 1,6% do que em idêntico período de 2013, de acordo com os dados relevados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Mais otimistas estão as empresas ligadas à venda de “máquinas, outros bens de capital e seus acessórios”, que contam com uma variação na exportação de bens de 4,3% (6,7% para fora da UE e 2,9% intra-UE) e os produtores de “material de transporte e acessórios, já que estimam uma subida de 4,7% (9,8% extra-UE e 4% intra-UE). Os dados do INE, recolhidos em maio e junho deste ano, dão conta de uma perspetiva de crescimento algo tímida, correspondente a 1,2% em 2014 face ao ano anterior. O crescimento fora da UE será de apenas 1%, e o intra-UE de 1,3%.
Sem a rubrica de combustíveis, o valor total passa a ser uma subida de 4,3%, com destaque para a venda de bens para os mercados não europeus, que deverão subir 7,3%. Dentro da Europa, a perspetiva das empresas aponta para uma subida mais modesta, de 3,3%.