José Graziano da Silva, director geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), relembrou que a segurança alimentar, a nutrição e a agricultura sustentável são essenciais para o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
O alerta foi dado pelo representante da FAO durante o seu discurso na Cimeira para o Desenvolvimento Sustentável, que ocupou a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, a 25 de Setembro.
«Temos uma tarefa enorme, que começa com o compromisso histórico de não só reduzir, mas também erradicar a pobreza e a fome de maneira sustentável», pormenorizou o líder.
Para cumprir os 17 novos ODS propostos este ano – que vêm complementar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio – será necessário, diz José Graziano da Silva, «construir sistemas agrícolas e alimentares mais sustentáveis, que sejam mais resistentes ao stress e mais capazes de lidar e de responder aos impactos das alterações climáticas».
De modo a erradicar a fome, será preciso que, nos próximos 15 anos, se invistam mais 160 dólares por ano (cerca de 140 euros) por cada pessoa a viver em situações de extrema pobreza, apontou José Graziano da Silva. Um investimento que representa «uma pequena fracção do custo que a fome e a malnutrição impõem às economias, sociedades e pessoas».
Para além da agricultura e da alimentação, os novos ODS também prevêem a luta pelo fim das desigualdades e injustiças sociais e o combate às alterações climáticas.