Os produtores, em especial os de pequena dimensão, têm agora mais um meio para escoar os seus produtos. Chama-se Adelaide.farm e é uma plataforma on-line que disponibiliza hortofrutícolas no formato a granel ou cabaz. Os produtos são colocados pelos produtores e entregues por uma figura designada por organizador. Este pode ser um agricultor, uma cooperativa ou qualquer pessoa/entidade ligada à agricultura.
O objectivo é «apoiar os pequenos produtores no escoamento dos seus produtos e na gestão da sua actividade», explicam os promotores. Os consumidores podem «controlar os produtos agrícolas que consomem, assim como conhecer as hortas e interagir com quem as cultiva».
Os agricultores fazem um pedido para integrar a Adelaide.farm e devem aguardar validação por parte dos gestores da plataforma. Uma vez aprovados, devem descrever a sua história, modo de produção, tamanho das hortas. Podem ainda propor culturas ou produtos, prevendo quantidades e datas de colheita.
Além do consumidor, é possível ainda vender a profissionais do sector.
A Mayfarm (uma empresa social que visa dinamizar a pequena agricultura), promotora da iniciativa, retém «5% das vendas a grosso, isto é, a profissionais, e 16% nas vendas domésticas [consumidor final]. O organizador poderá também cobrar uma percentagem que tem um limite. Deve ser assegurado que o agricultor recebe sempre mais de 50% dos valor da venda ao público», esclarece Alice Teixeira, da Myfarm.
O projecto foi desenvolvido em parceria com a PDM&fc (empresa de consultoria e soluções informáticas) e a Guess What (agência de comunicação).
A plataforma já está a actuar no Algarve, Beja, Évora, Montemor-o-Novo, Almeirim e Sintra. No dia 16 de Janeiro, pelas 15h30, será apresentada no auditório da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), em Beja.