A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e a Porbatata – Associação da Batata de Portugal estabeleceram recentemente um acordo de cooperação, tendo como principal objectivo unir esforços para promover o consumo de batata nacional, «com vista à valorização deste produto junto do consumidor», refere-se em comunicado. Para este efeito, têm vindo a decorrer acções de promoção, no ponto de venda, da batata produzida em Portugal, que «prima pela sua qualidade e características únicas».
Além destas acções pontuais, no âmbito desta «parceria» também se prevê realizar acções conjuntas a médio e longo prazo, que as duas entidades ainda estão a definir. Estas deverão consistir sobretudo em formas de valorizar o produto junto do consumidor, como «produtos transformados». «Sabemos que as pessoas estão mais à procura de produtos transformados, pré-cozinhados, prontos a preparar e com um conjunto de características que facilitam a vida ao consumidor», o que permitirá aumentar a valorização da batata e a capacidade de a escoar, refere Ana Isabel Trigo Morais, directora-geral da APED.
Ao mesmo tempo, a «estratégia de colaboração conjunta» entre estas duas entidades visa que se «estabeleçam laços de cooperação para a reorganização do sector [da batata], tornando-o mais competitivo e eficiente». A Porbatata salienta que o sector está muito desorganizado, nomeadamente ao nível da produção, e isso depois reflecte-se na vertente da comercialização.
«A APED tem como um dos focos do seu trabalho o apoio à produção nacional e este acordo está em linha com a política dos seus associados. O sector da batata é bastante relevante no contexto da economia agrícola, dada a transversalidade do cultivo em todo o território nacional, pelo que a APED está totalmente empenhada e disponível para desenvolver sinergias com esta fileira», afirma Ana Isabel Trigo Morais. Segundo o comunicado, as «sinergias» entre o sector da distribuição e a fileira da batata pretendem, «no imediato», dar resposta à actual crise de mercado, já que se regista «excesso de produto disponibilizado no mercado e dificuldades de escoamento no mercado nacional e para mercados externos, nomeadamente em Espanha e França, onde se verifica igual conjuntura.