A Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP) divulgou que na campanha do ano passado foram produzidas 133.000 toneladas (t) de pêra Rocha. Deste volume, 71.000 t foram exportadas, ou seja 53%, o que representa um crescimento face à campanha de 2014/2015, quando as exportações corresponderam apenas a 50% da produção.
O presidente da ANP, Aristides Sécio, explicou que «como houve uma diminuição da produção, desviou-se para a exportação parte do que o mercado nacional consumia». Assim, acrescenta o responsável «por um lado, mantêm-se clientes e contratos comerciais e, por outro lado, conseguimos valorizar a produção e conseguimos melhores preços».
Em 2015/2016, as vendas de pêra Rocha renderam entre 130 a 140 milhões de euros, dos quais 10 a 120 milhões resultaram das exportações, quando um ano antes o sector facturou 120 milhões de euros.
Entre os principais países receptores deste fruto nacional, estão Brasil (29.135 t), Reino Unido (11.156 t), França (9.126 t), Marrocos (8.135 t) e Alemanha (4.565 t). Além dos tradicionais mercados de destino da pêra Rocha, têm surgido outros como Líbia, Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão, Singapura, Cabo Verde, Gana, Nigéria e Sri Lanka.
A ANP tem 5.000 produtores associados, com uma área de produção de 11.000 hectares. A campanha 2016/2017, começou em Agosto deste ano, e teve uma colheita de 100.000 toneladas, uma quebra de 15% face à anterior e de 50% face à produção considerada normal.
A pêra Rocha, Denominação de Origem Protegida (DOP) é produzida (99%) nos concelhos entre Mafra e Leiria, numa área de cultivo de 11.000 hectares, sendo os concelhos de maior produção os do Cadaval e Bombarral.
Os dados foram divulgados no decorrer da XIX Cerimónia da Pêra Rocha do Oeste, em Pragança (Cadaval), um evento que reuniu os produtores deste fruto. A ANP aproveitou a ocasião para premiar os seus associados num momento que teve a presença do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa destacou «o papel fundamental» da agricultura para a riqueza do País e salientou o «esforço diário dos agricultores».