A Comissão Europeia adoptou a sua nova “Estratégia da Biodiversidade”, com um financiamento de 20 mil milhões de euros por ano, e também a “Estratégia do Prado ao Prato” (Farm to Fork, no original, em inglês), que pretende criar um sistema alimentar saudável e totalmente sustentável e tem como principais objectivos reduzir em 50% a utilização de pesticidas químicos e risco deles decorrente, e igualmente em 50% a utilização dos pesticidas mais perigosos, até 2030.
As duas estratégias funcionam como dois instrumentos para travar a perda de biodiversidade e reforçar a sustentabilidade da cadeia alimentar, no âmbito do Pacto Ecológico Europeu.
Da “Estratégia do Prado ao Prato” fazem ainda parte os objectivos de diminuir, pelo menos, 20% da utilização de fertilizantes, bem como cortar em 50% as vendas de agentes antimicrobianos para animais de criação e de aquicultura. Há também a ambição de ter 25% das terras agrícolas sob produção biológica.
Os agricultores, os pescadores e os aquicultores europeus receberão apoio da Política Agrícola Comum e da Política Comum das Pescas através de novas fontes de financiamento e de regimes ecológicos para a adopção de práticas sustentáveis.
As estratégias terão de ser aprovadas pelo Conselho da UE e pelo Parlamento Europeu.
O Pacto Ecológico Europeu, apresentado pela Comissão Europeia em 11 de Dezembro de 2019, define um roteiro para uma economia circular com impacto neutro no clima, em que o crescimento económico esteja dissociado da utilização dos recursos.
Grupos ambientalistas europeus saudaram a apresentação, pela Comissão Europeia, das estratégias da biodiversidade e do “prado ao prato”, assinalando que foi ouvida a ciência para propor os «importantes compromissos».